Síndrome Moyamoya

A estrutura responsável por levar sangue ao cérebro é chamada de Polígono de Willis. Ele é constituído pelo sistema carotídeo, ramificado em artérias carótidas internas e pelo sistema vértebro-basilar, ramificado em artérias basilares.

Todas as artérias do Polígono se comunicam por meio das artérias comunicantes posteriores e anteriores.

Quando obstruídas (estreitadas), as artérias carótidas internas passam a ter dificuldade de executar a função de irrigação, impendido que parte do cérebro receba sangue oxigenado, e aumentando a pressão interna da artéria por conta do acúmulo deste sangue.

Para amenizar tanto a pressão, quanto o déficit de irrigação, diversos vasos finos colaterais se ramificam a partir das artérias carótidas, dando um aspecto visual nebuloso. Daí surge a Síndrome de Moyamoya – em português, “fumaça” – uma condição cerebrovascular rara e crônica que foi descoberta no Japão por volta dos anos 50.

Infelizmente, a colaboração destes vasos não é suficiente para evitar o que vem pela frente. O paciente com a síndrome se torna propenso a sofrer ataques isquêmicos pela falta de sangue oxigenado no cérebro, ou ataques hemorrágicos pelo rompimento dos vasos colaterais.

A síndrome Moyamoya afeta principalmente crianças, mas pode ocorrer também em adultos. A sua causa exata não é conhecida, mas herança genética parece desempenhar um papel, principalmente em pessoas de origem japonesa, ainda que não comprovada.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem como ressonância e angioressonância. É também importante realizar um estudo sobre histórico familiar do paciente para detectar uma possível relação genética.

Tratamento

Para tratar a Síndrome de Moyamoya, é preciso fazer uma cirurgia que consiste no desvio realizado entre a artéria carótida e artéria cerebral média.